Guia de rastreamento dinâmico Solaris

Ações destrutivas de processo

Algumas ações são destrutivas somente para um processo em particular. Essas ações estão disponíveis para usuários com os privilégios dtrace_proc ou dtrace_user. Consulte o Capítulo 35Segurança para obter detalhes sobre privilégios de segurança do DTrace.

stop()

void stop(void)

A ação stop () força o processo que aciona o teste ativado para parar quando ele deixar o kernel da próxima vez, como se fosse interrompido por uma ação proc(4). O utilitário prun(1) pode ser usado para resumir um processo que foi interrompido pela ação stop(). A ação stop() pode ser usada para interromper um processo em qualquer ponto do teste de DTrace. Essa ação pode ser usada para capturar um programa em um estado particular que seria difícil de alcançar com um simples ponto de interrupção e depois anexar um depurador tradicional como o mdb(1) ao processo. Você também pode usar o utilitário gcore(1) para salvar o estado de um processo interrompido em um arquivo de núcleo para análise posterior.

raise()

void raise(int signal)

A ação raise () envia o sinal especificado para o processo em execução no momento. Essa ação é similar ao uso do comando kill(1) para enviar um sinal a um processo. A ação raise() pode ser usada para enviar um sinal em um ponto preciso na execução de um processo.

copyout()

void copyout(void *buf, uintptr_t addr, size_t nbytes)

A ação copyout() copia nbytes do buffer especificado por buf para o endereço especificado por addr no espaço de endereço do processo associado ao segmento atual. Se o endereço do espaço do usuário não corresponder a uma página válida, com falhas, no espaço de endereço atual, um erro será gerado.

copyoutstr()

void copyoutstr(string str, uintptr_t addr, size_t maxlen)

A ação copyoutstr() copia a seqüência especificada por str para o endereço especificado por addr no espaço de endereço do processo associado ao segmento atual. Se o endereço do espaço do usuário não corresponder a uma página válida, com falhas, no espaço de endereço atual, um erro será gerado. O tamanho da seqüência é limitado ao valor definido pela opção strsize. Consulte o Capítulo 16Opções e ajustáveis para obter detalhes.

system()

void system(string program, ...) 

A ação system () faz com que o programa especificado por programa seja executado como se fosse fornecido ao shell como entrada. A seqüência de programa pode conter qualquer uma das conversões de formato de printf()/ printa. () Os argumentos que correspondam às conversões de formato devem ser especificados. Consulte o Capítulo 12Formatação de saída para obter detalhes sobre as conversões de formato válidas.

O exemplo a seguir executa o comando date(1) uma vez por segundo:


# dtrace -wqn tick-1sec'{system("date")}'
 Tue Jul 20 11:56:26 CDT 2004
 Tue Jul 20 11:56:27 CDT 2004
 Tue Jul 20 11:56:28 CDT 2004
 Tue Jul 20 11:56:29 CDT 2004
 Tue Jul 20 11:56:30 CDT 2004

O exemplo a seguir mostra um uso mais elaborado da ação, usando conversões de printf() na seqüência de programa junto com ferramentas de filtragem tradicionais como pipes:

#pragma D option destructive
#pragma D option quiet

proc:::signal-send
/args[2] == SIGINT/
{
	printf("SIGINT sent to %s by ", args[1]->pr_fname);
	system("getent passwd %d | cut -d: -f5", uid);
}

Executar o script acima resultará numa saída semelhante ao exemplo seguinte:


# ./whosend.d
SIGINT sent to MozillaFirebird- by Bryan Cantrill
SIGINT sent to run-mozilla.sh by Bryan Cantrill
^C
SIGINT sent to dtrace by Bryan Cantrill

A execução do comando especificado não ocorre no contexto do teste acionado – ela ocorre quando o buffer que contém os detalhes da ação system() é processado no nível do usuário. Como e quando esse processamento ocorre depende da política de buffer, descrita no Capítulo 11Buffers e armazenamento em buffer. Com a política de buffer padrão, a taxa de processamento do buffer é especificada pela opção switchrate . Você poderá ver o atraso inerente em system() se ajustar explicitamente switchrate com um valor mais alto que o padrão de um segundo, conforme mostrado no exemplo a seguir:

#pragma D option quiet
#pragma D option destructive
#pragma D option switchrate=5sec

tick-1sec
/n++ < 5/
{
	printf("walltime  : %Y\n", walltimestamp);
	printf("date      : ");
	system("date");
	printf("\n");
}

tick-1sec
/n == 5/
{
	exit(0);
}

Executar o script acima resultará numa saída semelhante ao exemplo seguinte:


# dtrace -s ./time.d
 walltime  : 2004 Jul 20 13:26:30
date      : Tue Jul 20 13:26:35 CDT 2004

walltime  : 2004 Jul 20 13:26:31
date      : Tue Jul 20 13:26:35 CDT 2004

walltime  : 2004 Jul 20 13:26:32
date      : Tue Jul 20 13:26:35 CDT 2004

walltime  : 2004 Jul 20 13:26:33
date      : Tue Jul 20 13:26:35 CDT 2004

walltime  : 2004 Jul 20 13:26:34
date      : Tue Jul 20 13:26:35 CDT 2004

Observe que os valores de walltime diferem, mas os valores de date são idênticos. Esse resultado reflete o fato de que a execução do comando date(1) ocorreu somente quando o buffer foi processado, não quando a ação system() foi registrada.