Guia de rastreamento dinâmico Solaris

enqueue e dequeue

Quando uma CPU fica inativa, o distribuidor procura trabalhos enfileirados em outras CPUs (ativas). O exemplo a seguir usa o teste dequeue para entender com que freqüência os aplicativos são transferidos e por qual CPU:

#pragma D option quiet

sched:::dequeue
/args[2]->cpu_id != --1 && cpu != args[2]->cpu_id &&
    (curlwpsinfo->pr_flag & PR_IDLE)/
{
	@[stringof(args[1]->pr_fname), args[2]->cpu_id] =
	    lquantize(cpu, 0, 100);
}

END
{
	printa("%s stolen from CPU %d by:\n%@d\n", @);
}

A parte final do resultado da execução do script acima em um sistema de 4 CPUs produz um resultado similar ao seguinte exemplo:


# dtrace -s ./whosteal.d
^C
...
 nscd stolen from CPU 1 by:

           value  -------------- Distribution ------------ count    
               1 |                                         0        
               2 |@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ 28       
               3 |                                         0        

snmpd stolen from CPU 1 by:

           value  -------------- Distribution ------------ count    
             < 0 |                                         0        
               0 |@                                        1        
               1 |                                         0        
               2 |@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@     31       
               3 |@@                                       2        
               4 |                                         0        

sched stolen from CPU 1 by:

           value  -------------- Distribution ------------ count    
             < 0 |                                         0        
               0 |@@                                       3        
               1 |                                         0        
               2 |@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@         36       
               3 |@@@@                                     5        
               4 |                                         0

Em vez de saber quais CPUs pegaram qual tarefa, talvez você queira saber as CPUs nas quais os processos e segmentos estão aguardando para ser executados. Você pode usar os testes enqueue e dequeue juntos para responder a essa questão:

sched:::enqueue
{
	self->ts = timestamp;
}

sched:::dequeue
/self->ts/
{
	@[args[2]->cpu_id] = quantize(timestamp - self->ts);
	self->ts = 0;
}

A execução do script acima por vários segundos produz um resultado similar ao seguinte exemplo:


# dtrace -s ./qtime.d
dtrace: script './qtime.d' matched 5 probes
^C
       -1
           value  -------------- Distribution ------------ count    
            4096 |                                         0        
            8192 |@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ 2        
           16384 |                                         0        

        0
           value  -------------- Distribution ------------ count    
            1024 |                                         0        
            2048 |@@@@@@@@@@@@@@@                          262      
            4096 |@@@@@@@@@@@@@                            227      
            8192 |@@@@@                                    87       
           16384 |@@@                                      54       
           32768 |                                         7        
           65536 |                                         9        
          131072 |                                         1        
          262144 |                                         5        
          524288 |                                         4        
         1048576 |                                         2        
         2097152 |                                         0        
         4194304 |                                         0        
         8388608 |                                         0        
        16777216 |                                         1        
        33554432 |                                         2        
        67108864 |                                         2        
       134217728 |                                         0        
       268435456 |                                         0        
       536870912 |                                         0        
      1073741824 |                                         1        
      2147483648 |                                         1        
      4294967296 |                                         0        

        1
           value  -------------- Distribution ------------ count    
            1024 |                                         0        
            2048 |@@@@                                     49       
            4096 |@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@                     241      
            8192 |@@@@@@@                                  91       
           16384 |@@@@                                     55       
           32768 |                                         7        
           65536 |                                         3        
          131072 |                                         2        
          262144 |                                         1        
          524288 |                                         0        
         1048576 |                                         0        
         2097152 |                                         0        
         4194304 |                                         0        
         8388608 |                                         0        
        16777216 |                                         0        
        33554432 |                                         3        
        67108864 |                                         1        
       134217728 |                                         4        
       268435456 |                                         2        
       536870912 |                                         0        
      1073741824 |                                         3        
      2147483648 |                                         2        
      4294967296 |                                         0

Observe os valores diferentes de zero na parte inferior do resultado de exemplo. Esses pontos de dados revelam várias instâncias em ambas as CPUs nas quais um segmento foi enfileirado para ser executado por vários segundos.

Em vez de procurar por tempos de espera, talvez você queira examinar o tamanho da fila de execução ao longo do tempo. Ao usar os testes enqueue e dequeue, você pode definir uma matriz de associação para controlar o tamanho da fila:

sched:::enqueue
{
	this->len = qlen[args[2]->cpu_id]++;
	@[args[2]->cpu_id] = lquantize(this->len, 0, 100);
}

sched:::dequeue
/qlen[args[2]->cpu_id]/
{
	qlen[args[2]->cpu_id]—;
}

A execução do script acima por aproximadamente 30 segundos em um sistema de laptop com um processador totalmente inativo produz um resultado similar ao seguinte exemplo:


# dtrace -s ./qlen.d
dtrace: script './qlen.d' matched 5 probes
^C
        0
           value  -------------- Distribution ------------ count    
             < 0 |                                         0        
               0 |@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@                110626   
               1 |@@@@@@@@@                                41142    
               2 |@@                                       12655    
               3 |@                                        5074     
               4 |                                         1722     
               5 |                                         701      
               6 |                                         302      
               7 |                                         63       
               8 |                                         23       
               9 |                                         12       
              10 |                                         24       
              11 |                                         58       
              12 |                                         14       
              13 |                                         3        
              14 |                                         0

O resultado é aproximadamente o que você esperaria de um sistema inativo: na maior parte do tempo que um segmento executável estava enfileirado, a fila de execução estava muito curta (com três ou menos segmentos). Entretanto, como o sistema estava totalmente inativo, os pontos de dados excepcionais na parte inferior da tabela poderiam ser inesperados. Por exemplo, por que a fila de execução tinha 13 segmentos executáveis? Para explorar essa questão, você pode escrever um script em D que exiba o conteúdo da fila de execução quando a fila de execução for longa. Esse problema é complicado porque as habilitações em D não podem ser repetidas em estruturas de dados, e, portanto, não podem simplesmente ser repetidas em toda a fila de execução. Mesmo que as habilitações em D pudessem fazer isso, você deve evitar dependências nas estruturas internas de dados do kernel.

Para esse tipo de script, você ativaria os testes enqueue e dequeue e usaria matrizes de associação e de especulação. Sempre que um segmento é enfileirado, o script incrementa o tamanho da fila e registra o carimbo de data/hora em uma matriz de associação inserida pelo segmento. Você não pode usar uma variável de segmento local neste caso porque um segmento pode ser enfileirado por outro segmento. O script depois verifica se o tamanho da fila excede o máximo permitido. Caso exceda, o script iniciará uma nova especulação, e registrará o carimbo de data/hora e o novo máximo. Em seguida, quando um segmento é desenfileirado, o script compara o carimbo de data/hora do enfileiramento com o carimbo de data/hora do maior tamanho: se o segmento tiver sido enfileirado antes do carimbo de data/hora do maior tamanho, o segmento estava na fila quando o maior tamanho foi registrado. Nesse caso, o script especulativamente rastreia as informações do segmento. Depois que o kernel desenfileira o último segmento que estava enfileirado no carimbo de data/hora do maior tamanho, o script compromete os dados de especulação. Esse script é mostrado abaixo:

#pragma D option quiet
#pragma D option nspec=4
#pragma D option specsize=100k

int maxlen;
int spec[int];

sched:::enqueue
{
	this->len = ++qlen[this->cpu = args[2]->cpu_id];
	in[args[0]->pr_addr] = timestamp;
}

sched:::enqueue
/this->len > maxlen && spec[this->cpu]/
{
	/*
	 * There is already a speculation for this CPU.  We just set a new
	 * record, so we'll discard the old one.
	 */
	discard(spec[this->cpu]);
}

sched:::enqueue
/this->len > maxlen/
{
	/*
	 * We have a winner.  Set the new maximum length and set the timestamp
	 * of the longest length.
	 */
	maxlen = this->len;
	longtime[this->cpu] = timestamp;	

	/*
	 * Now start a new speculation, and speculatively trace the length.
	 */
	this->spec = spec[this->cpu] = speculation();
	speculate(this->spec);
	printf("Run queue of length %d:\n", this->len);
}

sched:::dequeue
/(this->in = in[args[0]->pr_addr]) &&
    this->in <= longtime[this->cpu = args[2]->cpu_id]/
{
	speculate(spec[this->cpu]);
	printf("  %d/%d (%s)\n", 
	    args[1]->pr_pid, args[0]->pr_lwpid,
	    stringof(args[1]->pr_fname));
}

sched:::dequeue
/qlen[args[2]->cpu_id]/
{
	in[args[0]->pr_addr] = 0;
	this->len = --qlen[args[2]->cpu_id];
}

sched:::dequeue
/this->len == 0 && spec[this->cpu]/
{
	/*
	 * We just processed the last thread that was enqueued at the time
	 * of longest length; commit the speculation, which by now contains
	 * each thread that was enqueued when the queue was longest.
	 */
	commit(spec[this->cpu]);
	spec[this->cpu] = 0;
}

A execução do script acima no mesmo laptop com um processador produz um resultado similar ao seguinte exemplo:


# dtrace -s ./whoqueue.d
Run queue of length 3:
 0/0 (sched)
  0/0 (sched)
  101170/1 (dtrace)
Run queue of length 4:
  0/0 (sched)
  100356/1 (Xsun)
  100420/1 (xterm)
  101170/1 (dtrace)
Run queue of length 5:
  0/0 (sched)
  0/0 (sched)
  100356/1 (Xsun)
  100420/1 (xterm)
  101170/1 (dtrace)
Run queue of length 7:
  0/0 (sched)
  100221/18 (nscd)
  100221/17 (nscd)
  100221/16 (nscd)
  100221/13 (nscd)
  100221/14 (nscd)
  100221/15 (nscd)
Run queue of length 16:
  100821/1 (xterm)
  100768/1 (xterm)
  100365/1 (fvwm2)
  101118/1 (xterm)
  100577/1 (xterm)
  101170/1 (dtrace)
  101020/1 (xterm)
  101089/1 (xterm)
  100795/1 (xterm)
  100741/1 (xterm)
  100710/1 (xterm)
  101048/1 (xterm)
  100697/1 (MozillaFirebird-)
  100420/1 (xterm)
  100394/1 (xterm)
  100368/1 (xterm)
^C

O resultado revela que as filas de execução longas são devido a muitos processos xterm executáveis. Esse experimento coincidiu com uma alteração na área de trabalho virtual, e, portanto, os resultados provavelmente são devido a algum tipo de processamento de evento X.