Guia do Desenvolvedor de Empacotamento de Aplicativos

Criando um arquivo prototype

O arquivo prototype é um arquivo ASCII usado para especificar informações sobre os objetos de um pacote. Cada entrada do arquivo prototype descreve um único objeto, tal como um arquivo de dados, diretório, arquivo de código-fonte ou objeto executável. As entradas de um arquivo prototype estão formadas por vários campos de informações separados por espaços em branco. Observe que os campos devem ser exibidos em uma ordem específica. As linhas de comentário começam com um símbolo de jogo da velha (#) e são ignoradas.

Você pode criar um arquivo prototype com o editor de texto ou usando o comando pkgproto. Quando você criar este arquivo pela primeira vez, é mais fácil fazê-lo com o comando pkgproto, porque ele cria o arquivo baseado na hierarquia do diretório criado anteriormente. Se seus arquivos não estiverem organizados conforme descrito em Organizando o conteúdo de um pacote, você tem a desagradável tarefa de criar o arquivo prototype do início com o editor de texto da sua preferência.

Formato do arquivo prototype

Abaixo se encontra o formato de cada linha no arquivo prototype:


partftypeclasspathmajorminormodeownergroup

part

É um campo numérico opcional que permite agrupar os objetos de pacote em partes. O valor padrão é 1 parte. 

ftype

É um campo de um caractere que especifica o tipo do objeto. Consulte O campo ftype.

classe

É a classe de instalação à qual pertence o objeto. Consulte O campo class.

path

É o nome de caminho absoluto ou relativo que indica onde o objeto de pacote se localizará no sistema de destino. Consulte O campo path.

major

É o número principal de dispositivo dos dispositivos especiais de bloco ou de caracteres. 

minor

É o número secundário de dispositivo dos dispositivos especiais de bloco ou de caracteres. 

mode

É o modo octal do objeto (por exemplo, 0644). Consulte O campo mode.

owner

É o proprietário do objeto (por exemplo, bin ou root). Consulte O campo owner.

group

É o grupo ao qual pertence o objeto (por exemplo, bin ou sys). Consulte O campo group.

Em geral, somente os campos ftype, class, path, mode, owner e group são definidos. Estes campos estão descritos nas próximas seções. Consulte a página do manual prototype(4) para obter informações adicionais sobre estes campos.

O campo ftype

O campo ftype, ou file type, é um campo de um único caractere que especifica o tipo de arquivo de um objeto de pacote. Os tipos de arquivo válidos estão descritos na tabela abaixo

Tabela 2–3 Tipos de arquivo válidos no arquivo prototype

Valor do campo de tipo de arquivo 

Descrição do tipo de arquivo 

f

Arquivo executável ou de dados padrão 

e

Arquivo a ser editado na instalação ou remoção (pode ser compartilhado por vários pacotes) 

v

Arquivo volátil (cujo conteúdo se altera, tal como um arquivo log) 

d

Diretório 

x

Diretório exclusivo acessível somente por este pacote (pode conter informações de banco de dados e logs não registrados) 

l

Arquivo vinculado 

p

Pipe nomeado 

c

Dispositivo especial de caracteres 

b

Dispositivo especial de bloco 

i

Arquivo de informação ou script de instalação 

s

Link simbólico 

O campo class

class nomeia a classe à qual pertence um objeto. O uso de classes é um recurso opcional de criação de pacote. Este recurso é tratado detalhadamente em Escrevendo scripts de ação de classe.

Se você não usar classes, o objeto pertence à classe none. Quando o comando pkgmk é executado para construir o pacote, ele insere o parâmetro CLASSES=none no arquivo pkginfo. Os arquivos com tipo de arquivo i devem ter um campo class em branco.

O campo path

O campo path é usado para definir onde o objeto de pacote se localizará no sistema de destino. Você pode indicar o local tanto com um nome de caminho absoluto (por exemplo, /usr/bin/mail) quanto com um nome de caminho relativo (por exemplo, bin/mail). O uso de um nome de caminho absoluto significa que o local do objeto no sistema de destino é definido pelo pacote e não pode ser alterado. Os objetos de pacote com nomes de caminho relativo indicam que o objeto é relocável.

Um objeto relocável não precisa de um local de caminho absoluto no sistema de destino. Em vez disso, o local do objeto é determinado durante o processo de instalação.

Todos ou alguns objetos de pacote podem ser definidos como relocáveis. Antes de escrever os scripts de instalação ou criar o arquivo prototype, decida se os objetos de pacote terão locais fixos (tais como scripts de início em /etc) ou serão relocáveis.

Há dois tipos de objetos relocáveis, relocável coletivamente e relocável individualmente.

Objetos relocáveis coletivamente

Os objetos relocáveis coletivamente são colocados em relação à base de instalação comum chamada diretório base. O diretório base é definido no arquivo pkginfo, usando o parâmetro BASEDIR. Por exemplo, um objeto relocável no arquivo prototype denominado tests/generic requer que o arquivo pkginfo defina o parâmetro padrão BASEDIR. Por exemplo:


BASEDIR=/opt

Este exemplo significa que quando o objeto for instalado, ele será colocado no diretório /opt/tests/generic.


Observação –

O diretório /opt é o único diretório para o qual o software que não faz parte do software Solaris base pode ser entregue.


Use objetos relocáveis coletivamente sempre que possível. Em geral, a parte principal de um pacote pode ser relocável com poucos arquivos (tais como os arquivos em /etc ou /var) especificados como absoluto. No entanto, se um pacote contém várias relocações, leve em consideração dividir o pacote em vários pacotes com valores BASEDIR diferentes nos seus arquivos pkginfo.

Objetos relocáveis individualmente

Os objetos relocáveis individualmente não estão limitados ao mesmo local de diretório que os objetos relocáveis coletivamente. Para definir um objeto relocável individualmente, você precisa especificar uma variável de instalação no campo path do arquivo prototype. Depois de especificar a variável de instalação, crie um script request para solicitar ao instalador o diretório base relocável, ou um script checkinstall para determinar o nome do caminho dos dados do sistema de arquivos. Para obter mais informações sobre scripts request, consulte Escrevendo um script request e sobre os scripts checkinstall, consulte Como coletar dados do sistema de arquivos.


Cuidado – Cuidado –

Os objetos relocáveis indivualmente são difíceis de gerenciar. O uso de objetos relocáveis individualmente pode fazer com que os componentes de pacote fiquem muito dispersos e seja difícil isolá-los ao instalar várias versões ou arquiteturas do pacote. Use objetos relocáveis coletivamente sempre que possível.


Nomes de caminho paramétrico

Um nome de caminho paramétrico é um nome de caminho que inclui uma especificação de variável. Por exemplo, o filename /opt/$PKGINST/ é um nome de caminho paramétrico devido à especificação de variável $PKGINST. O valor padrão de uma especificação de variável deve ser definido no arquivo pkginfo. O valor pode, então, ser alterado por um script request ou um script checkinstall.

Uma especificação de variável em um caminho deve começar ou terminar o nome de caminho ou estar limitada por barras (/). Os nomes de caminho paramétrico apresentam a seguinte forma:


$PARAM/tests
tests/$PARAM/generic
/tests/$PARAM

A especificação de variável, uma vez definida, pode fazer com que o caminho seja interpretado como absoluto ou relocável. No exemplo seguinte, o arquivo prototype contém esta entrada:


f none $DIRLOC/tests/generic

O arquivo pkginfo contém esta entrada:


DIRLOC=/myopt

O nome de caminho $DIRLOC/tests/generic é interpretado como o nome de caminho absoluto /myopt/tests/generic, apesar do parâmetro BASEDIR estar definido no arquivo pkginfo.

Neste exemplo, o arquivo prototype é igual ao do exemplo anterior e o arquivo pkginfo contém as seguintes entradas:


DIRLOC=firstcut
BASEDIR=/opt

O nome de caminho $DIRLOC/tests/generic será interpretado como o nome de caminho relocável /opt/firstcut/tests/generic.

Para obter mais informações sobre nomes de caminho paramétrico, consulte Usando diretórios base paramétricos.

Os locais de origem e de destino de um objeto em poucas palavras

O campo path no arquivo prototype define onde o objeto será colocado no sistema de destino. Especifique o local atual dos objetos de pacote no arquivo prototype se a estrutura de diretório não imitar a estrutura pretendida no sistema de destino. Consulte Organizando o conteúdo de um pacote para obter mais informações sobre a estruturação de objetos em um pacote.

Se a sua área de desenvolvimento não tiver a mesma estrutura que deseja que o seu pacote tenha, você pode usar o formato path1=path2 no arquivo path. Neste formato, path1 é o local que o objeto deve ter no sistema de destino e path2 é o local que o objeto tem no seu sistema.

Você também pode usar o formato de nome de caminho path1=path2 com path1 como nome de objeto relocável e path2 como um nome de caminho completo de tal objeto no seu sistema.


Observação –

path1 não pode conter variáveis de construção não definidas, mas pode conter variáveis de instalação não definidas. path2 não pode conter nenhuma variável não definida, embora ambas variáveis de construção e instalação possam ser usadas. Para obter informações sobre a diferença entre as variáveis de instalação e de construção, consulte Variáveis de ambiente do pacote.


Os links devem usar o formato path1= path2 porque são criados pelo comando pkgadd. Como regra geral, o path2 de um link nunca deve ser absoluto, mas, pelo contrário, deve ser relativo à parte do diretório de path1.

Uma opção para o uso do formato path1=path2 é usar o comando !search. Para obter mais informações, consulte Fornecendo um caminho de pesquisa para o comando pkgmk.

O campo mode

O campo mode pode conter um número octal, um ponto de interrogação (?) ou uma especificação de variável. O número octal especifica o modo do objeto quando este é instalado no sistema de destino. O ? significa que o modo não será alterado conforme o objeto é instalado, implicando que um objeto com o mesmo nome já existe no sistema de destino.

A especificação de variável da forma $mode, na qual a primeira letra da variável deve estar em minúscula, significa que este campo será definido conforme o pacote é construído. Observe que esta variável deve ser definida no tempo de construção no arquivo prototype ou como uma opção do comando pkgmk. Para obter informações sobre a diferença entre as variáveis de instalação e de construção, consulte Variáveis de ambiente do pacote.

Os arquivos com tipo de arquivo i (arquivo de informação), l (link de disco rígido) e s (link simbólico) devem deixar este campo em branco.

O campo owner

O campo owner pode conter um nome de usuário, um ponto de interrogação (?) ou uma especificação de variável. Um nome de usuário possui no máximo 14 caracteres e deve ser um nome que já exista no sistema de destino (tal como bin ou root). O ? significa que o proprietário não será alterado conforme o objeto é instalado, implicando que um objeto com o mesmo nome já existe no sistema de destino.

Uma especificação de variável pode ter a forma $Owner ou $owner, na qual a primeira letra da variável é maiúscula ou minúscula. Se a variável começar com uma letra minúscula, ela deve ser definida conforme o pacote é construído, tanto no arquivo prototype quanto como uma opção do comando pkgmk. Se a variável começar com uma letra maiúscula, a especificação de variável será inserida no arquivo pkginfo como um valor padrão e pode ser redefinida no tempo de instalação por um script request. Para obter informações sobre a diferença entre as variáveis de instalação e de construção, consulte Variáveis de ambiente do pacote.

Os arquivos com tipo de arquivo i (arquivo de informação) e l b (link de disco rígido) devem deixar este campo em branco.

O campo group

O campo group pode conter um nome de grupo, um ponto de interrogação (?) ou uma especificação de variável. Um nome de grupo possui no máximo 14 caracteres e deve ser um nome que já exista no sistema de destino (tal como bin ou sys). O ? significa que o grupo não será alterado conforme o objeto é instalado, implicando que um objeto com o mesmo nome já existe no sistema de destino.

Uma especificação de variável pode ter a forma $Group ou $group, na qual a primeira letra da variável é maiúscula ou minúscula. Se a variável começar com uma letra minúscula, ela deve ser definida conforme o pacote é construído, tanto no arquivo prototype quanto como uma opção do comando pkgmk. Se a variável começar com uma letra maiúscula, a especificação de variável será inserida no arquivo pkginfo como um valor padrão e pode ser redefinida no tempo de instalação por um script request. Para obter informações sobre a diferença entre as variáveis de instalação e de construção, consulte Variáveis de ambiente do pacote.

Os arquivos com tipo de arquivo i (arquivo de informação) e l (link de disco rígido) devem deixar este campo em branco.

Criando um arquivo prototype desde o início

Se quiser criar um arquivo prototype desde o início, você pode fazê-lo com o editor de texto da sua preferência, adicionando uma entrada por objeto de pacote. Consulte Formato do arquivo prototype e a página do manual prototype(4) para obter mais informações sobre o formato deste arquivo. No entanto, após definir cada objeto de pacote, você pode querer incluir alguns dos recursos descritos em Adicionando funcionalidade a um arquivo prototype.

Exemplo — Criando um arquivo prototype com o comando pkgproto

Você pode usar o comando pkgproto para construir um arquivo prototype básico, contanto que tenha organizado a esturtura de diretório do pacote conforme descrito em Organizando o conteúdo de um pacote. Por exemplo, usando a estrutura de diretório de amostra e o arquivo pkginfo descrito nas seções anteriores, os comandos para a criação do arquivo prototype são:


$ cd /home/jane
$ pkgproto ./SUNWcadap > InfoFiles/prototype

O arquivo prototype é semelhante a:

d none SUNWcadap 0755 jane staff
d none SUNWcadap/demo 0755 jane staff
f none SUNWcadap/demo/file1 0555 jane staff
d none SUNWcadap/srcfiles 0755 jane staff
f none SUNWcadap/srcfiles/file5 0555 jane staff
f none SUNWcadap/srcfiles/file6 0555 jane staff
d none SUNWcadap/lib 0755 jane staff
f none SUNWcadap/lib/file2 0644 jane staff
d none SUNWcadap/man 0755 jane staff
f none SUNWcadap/man/windex 0644 jane staff
d none SUNWcadap/man/man1 0755 jane staff
f none SUNWcadap/man/man1/file4.1 0444 jane staff
f none SUNWcadap/man/man1/file3.1 0444 jane staff

Observação –

O proprietário e o grupo real da pessoa que está construindo o pacote são registrados pelo comando pkgproto. Uma boa técnica é usar os comandos chown -R e chgrp -R, definindo o proprietário e o grupo como desejado antes executando o comando pkgproto.


Este arquivo prototype de exemplo não está completo. Consulte a seção seguinte para obter informações sobre a conclusão deste arquivo.

Ajustando um arquivo prototype criado com o comando pkgproto

Embora o comando pkgproto seja útil na criação de um arquivo prototype inicial, ele não cria entradas para cada objeto de pacote que precisa ser definido. Este comando não cria entradas completas. O comando pkgproto não realiza nenhuma das seguintes ações:

Criando entradas de objeto com tipos de arquivo v, e, x e i

Por último, você precisa modificar o arquivo prototype para adicionar objetos com o tipo de arquivo i. Se você armazenou os arquivos de informação e os scripts de instalação no primeiro nível do diretório do seu pacote (por exemplo, /home/jane/SUNWcadap/pkginfo), a entrada de um arquivo prototype seria semelhante a:


i pkginfo

Se não armazenou os arquivos de informação e scripts de instalação no primeiro nível do diretório do seu pacote, então você precisa especificar o local de origem destes. Por exemplo:


i pkginfo=/home/jane/InfoFiles/pkginfo

Ou você pode usar o comando !search para especificar o local do comando pkgmk a ser pesquisado ao construir o pacote. Consulte Fornecendo um caminho de pesquisa para o comando pkgmk para obter mais informações.

Para adicionar entradas dos objetos com tipos de arquivo v, e e x, siga o formato descrito em Formato do arquivo prototype ou consulte a página do manual prototype(4).


Observação –

Não se esqueça de atribuir sempre uma classe aos arquivos com um tipo de arquivo e (editável) e tenha um script de ação de classe associado a tal classe. Do contrário, os arquivos serão removidos durante a remoção do pacote, mesmo que o nome de caminho seja compartilhado com outros pacotes.


Usando várias definições de classe

Se usar o comando pkgproto para criar o arquivo prototype básico, você pode atribuir todos os objetos de pacote à classe none ou a uma classe específica. Conforme mostrado no Exemplo — Criando um arquivo prototype com o comando pkgproto, o comando pkgproto básico atribui todos os objetos à classe none. Para atribuir todos os objetos a uma classe específica, você pode usar a opção -c. Por exemplo:


$ pkgproto -c classname /home/jane/SUNWcadap > /home/jane/InfoFiles/prototype

Se usar várias classes, você pode precisar editar manualmente o arquivo prototype e modificar o campo class de cada objeto. Se usar classes, você também precisa definir o parâmetro CLASSES no arquivo pkginfo e scripts de ação de classe. O uso de classe é um recurso opcional e é tratado detalhadamente em Escrevendo scripts de ação de classe.

Exemplo — Ajustando um arquivo prototype criado usando o comando pkgproto

Dado o arquivo prototype criado pelo comando pkgproto em Exemplo — Criando um arquivo prototype com o comando pkgproto, várias modificações precisam ser feitas.

Adicionando funcionalidade a um arquivo prototype

Além de definir cada objeto de pacote no arquivo prototype, você também pode:

Consulte as seções seguintes para obter informações sobre a realização destas alterações.

Definindo objetos adicionais a serem criados no tempo de instalação

Você pode usar o arquivo prototype para definir objetos que ainda não foram entregues ao meio de instalação. Durante a instalação, usando o comando pkgadd, estes objetos são criados com os tipos de arquivo requeridos, se ainda não existirem no momento da instalação.

Para especificar que um objeto seja criado no sistema de destino, adicione uma entrada para tal objeto no arquivo prototype com o tipo de arquivo apropriado.

Por exemplo, se você quiser que um diretório seja criado no sistema de destino, mas não quiser que seja entregue no meio de instalação, adicione a seguinte entrada para o diretório no arquivo prototype:


d none /directory 0644 root other

Se quiser criar um arquivo vazio no sistema de destino, a entrada do arquivo no arquivo prototype pode ser semelhante a:


f none filename=/dev/null 0644 bin bin

Os únicos objetos que devem ser entregues no meio de instalação são os arquivos regulares e scripts de edição (tipos de arquivo e, v, f), e os diretórios necessários para contê-los. Todos os objetos adicionais são criados sem referência a objetos, diretórios, pipes nomeados, dispositivos, links de disco rígido e links simbólicos entregues.

Criando links no tempo de instalação

Para criar links durante a instalação do pacote, defina o seguinte na entrada do arquivo prototype do objeto vinculado:

Os links relativos seriam especificados desta forma se o pacote estivesse instalado como absoluto ou relocável.

Distribuindo pacotes em vários volumes

Ao construir o pacote com o comando pkgmk, este realiza os cálculos e as ações necessárias para organizar um pacote com vários volumes. Um pacote com vários volumes é chamado de pacote segmentado.

No entanto, você pode usar o campo part opcional no arquivo prototype para definir em que parte quer que o objeto seja colocado. Um número neste comando substitui o comando pkgmk e força a colocação do componente na parte dada no campo. Observe que há correspondência individual entre as partes e os volumes da mídia removível formatada como sistemas de arquivos. Se os volumes forem pré-atribuídos pelo desenvolvedor, o comando pkgmk publica um erro se não houver espaço suficiente em nenhum volume.

Aninhando arquivos prototype

Você pode criar vários arquivos prototype e, em seguida, incluí-los usando o comando !include no arquivo prototype. Você pode querer aninhar os arquivos para facilitar a manutenção.

No exemplo seguinte há três arquivos prototype. O arquivo principal (prototype) está sendo editado. Os outros dois arquivos (proto2 e proto3) estão sendo incluídos.


!include /source-dir/proto2
!include /source-dir/proto3

Definindo valores padrão para os campos mode, owner e group

Para definir valores padrão para os campos mode, owner e group de objetos específicos, você pode inserir o comando !default no arquivo prototype. Por exemplo:


!default 0644 root other

Observação –

O intervalo do comando !default começa onde ele foi inserido e vai até o final do arquivo. O intervalo do comando não se estende sobre os arquivos incluídos.


No entanto, nos diretórios (tipo de arquivo d) e arquivos editáveis (tipo de arquivo e) que você sabe que existem no sistema de destino (como /usr ou /etc/vfstab), certifique-se de que os campos mode, owner e group no arquivo prototype estejam definidos como pontos de interrogação (?). Desta forma você não destruirá as configurações existentes que podem ter sido modificadas por um administrador.

Fornecendo um caminho de pesquisa para o comando pkgmk

Se o local de origem dos objetos de pacote é diferente do local de destino e não quiser usar o formato path1=path2 descrito em Os locais de origem e de destino de um objeto em poucas palavras, você pode usar o comando !search no arquivo prototype.

Por exemplo, se você tiver criado um diretório, pkgfiles , no diretório de início, e ele contiver todos os arquivos de informação e scripts de instalação, você pode especificar que este diretório seja pesquisado quando o pacote for construído com o comando pkgmk.

O comando no arquivo prototype pode ser semelhante a:


!search /home-dir/pkgfiles

Observação –

As solicitações de pesquisa não se estendem aos arquivos incluídos. Além disso, a pesquisa se limita aos diretórios específicos listados e não realiza pesquisa recursiva.


Configurando variáveis de ambiente

Você também pode adicionar comandos ao arquivo prototype com a forma !PARAM=value. Os comandos com esta forma definem as variáveis no ambiente atual. Se você tem vários arquivos prototype, o escopo deste comando é o local do arquivo prototype no qual ele está definido.

A variável PARAM pode começar com letra minúscula ou maiúscula. Se o valor da variável PARAM não for conhecido no tempo de construção, o comando pkgmk aborta com um erro. Para obter mais informações sobre a diferença entre as variáveis de instalação e de construção, consulte Variáveis de ambiente do pacote.

ProcedureComo criar um arquivo prototype usando o comando pkgproto


Observação –

É mais fácil criar arquivos de informação e scripts de instalação antes de criar o arquivo prototype. No entanto, não é necessário seguir esta ordem. O arquivo prototype pode ser editado sempre depois que o conteúdo do pacote for alterado. Para obter mais informações sobre arquivos de informação e scripts de instalação, consulte Capítulo 3Melhorando a funcionalidade de um pacote (Tarefas).


  1. Determine quais objetos de pacote serão absolutos e quais serão relocáveis, se ainda não tiver determinado.

    Para obter mais informações que o ajudem a concluir esta etapa, consulte O campo path.

  2. Organize os objetos do seu pacote a fim de imitar o local destes no sistema de destino.

    Se já tiver organizado seus pacotes conforme descrito em Organizando o conteúdo de um pacote, observe que pode ser necessário fazer algumas alterações baseadas nas decisões tomadas na Etapa 1. Se ainda não tiver organizado seu pacote, você deve fazê-lo agora. Se você não organizar seu pacote, não será possível usar o comando pkgproto para criar o arquivo prototype básico.

  3. Se o seu pacote tiver objetos relocáveis coletivamente, edite o arquivo pkginfo para definir o parâmetro BASEDIR com o valor apropriado.

    Por exemplo:


    BASEDIR=/opt

    Para obter informações sobre objetos relocáveis coletivamente, consulte Objetos relocáveis coletivamente.

  4. Se o seu pacote tiver objetos relocáveis individualmente, crie um script request para solicitar ao instalador o nome de caminho apropriado. Outra alternativa é criar um script checkinstall para determinar o nome de caminho apropriado dos dados do sistema de arquivos.

    A lista seguinte oferece os números de páginas para consulta em relação às tarefas comuns:

  5. Altere o proprietário e o grupo em todos os componentes do seu pacote que serão o proprietário e o grupo no sistema de destino.

    Use os comandos chown -R e chgrp -R no diretório do seu pacote e no diretório de arquivos de informação.

  6. Execute o comando pkgproto para criar um arquivo prototype básico.

    O comando pkgproto escaneia os diretórios para criar um arquivo básico. Por exemplo:


    $ cd package-directory
    $ pkgproto ./package-directory > prototype
    

    O arquivo prototype pode ser colocado em qualquer local do sistema. Simplifica o acesso e a manutenção manter os arquivos de informação e os scripts de instalação em um único local. Para obter informações adicionais sobre o comando pkgproto, consulte a página do manual pkgproto(1).

  7. Edite o arquivo prototype usando o editor de texto da sua preferência e adicione entradas para os arquivos de tipo v, e, x e i.

    Para obter informações sobre alterações específicas que talvez precisem ser feitas, consulte Ajustando um arquivo prototype criado com o comando pkgproto.

  8. (Opcional) Se estiver usando várias classes, edite os arquivos prototype e pkginfo. Use o editor de texto de sua preferência para fazer as alterações necessárias e crie os scripts de ação de classe correspondentes.

    Para obter informações sobre alterações específicas que talvez precisem ser feitas, consulte Ajustando um arquivo prototype criado com o comando pkgproto e Escrevendo scripts de ação de classe.

  9. Edite o arquivo prototype usando o editor de texto de sua preferência para redefinir os nomes de caminho e alterar as configurações de outro campo.

    Para obter mais informações, consulte Ajustando um arquivo prototype criado com o comando pkgproto.

  10. (Opcional) Edite o arquivo prototype usando o editor de texto de sua preferência para adicionar funcionalidade ao seu arquivo prototype.

    Para obter mais informações, consulte Adicionando funcionalidade a um arquivo prototype.

  11. Salve as alterações e saia do editor.

Consulte também

Se você já estiver preparado para ir para a próxima tarefa, consulte Como construir um pacote.